Com o curso primário feito no Instituto de Humanidades, dirigido pelo professor Joaquim Nogueira, e no Colégio Miguel Borges, hoje Colégio Castello Branco, concluiu os preparatórios no Liceu do Ceará, em 1925.
Muito jovem ingressou na Faculdade de Direito, colando grau em 8 de dezembro de 9130.
O magistério primário foi a sua primeira atividade, quando ainda como aluno, fazia parte do corpo docente do Instituto de Humanidades.
Formado, exerceu as funções de secretário da própria faculdade e posteriormente a de Inspetor Federal desta.
Foi ainda procurador da Junta de Sanções e Inspetor Federal do Ensino.
Sua vocação para o magistério se solidificou quando, juntamente com o Dr. Antônio Filgueiras Lima, fundou, em 1938, o Colégio Lourenço Filho, do qual foi diretor.
Com o jornalista Perboyre e Silva dirigiu o panfleto "A Farpa" iniciativa que lhe custou muitas perseguições e dissabores.
Redigiu com Demócrito Rocha, seu sogro, a revista "Ceará Ilustrado", e foi ainda com Demócrito que em 7 de junho de 1928, fundou o jornal "O Povo", do qual foi redator-chefe e diretor.
Elegeu-se Deputado à Assembléia Constituinte Estadual, em 1934; liderando a maioria parlamentar, constituída pelo Partido Social Democrata, fazendo forte oposição ao Governo do Dr. Francisco de Menezes Pimentel. Perdeu o mandato com o chamado golpe do Estado Novo.
Com a redemocratização do País, voltou ao Parlamento, eleito em 1945, pela União Democrática Nacional. Como Deputado à Assembléia Nacional Constituinte, integrou o Comitê Especial que foi incumbido dos trabalhos da elaboração da Constituição Brasileira de 1946. Reelegeu-se para as legislaturas de 1951-1963-1967.
Em 1954, tomou posse como Governador do Ceará, candidato que fora da coligação UDN-PTB-PR, obtendo maioria sobre o seu competidor, Armando Ribeiro Falcão, candidato do PSD.
Sarasate, por problemas de saúde, não terminou sua gestão, passando o Governo ao Vice, Flávio Portela Marcílio.
Nas eleições de 1965, elege-se Senador da República, tomando posse em 1º. de fevereiro de 1966, pela Aliança Renovadora Nacional - Arena -, de que era presidente.
Colaborou com o Presidente Humberto de Alencar Castello Branco no preparo da Constituição de 1967, e foi o responsável pela revisão gráfica da mesma.
Mereceu, entre outras insígnias: Ordem do Mérito Militar; Ordem do Mérito Santos Dumont; Ordem do Mérito da Aeronáutica; Ordem do Mérito Naval; Medalha do Mérito Tamandaré; Medalha da Inconfidência - Governo de Minas Gerais; Diploma da Grande Medalha da Inconfidência.
Deixou publicados: "Legítima Defesa" (1933); "Porque Devemos Combater o Nazismo" (1942); "O Problema do Nordeste em face da Constituição" (1946); "A Constituição do Brasil ao Alcance de Todos" (1967), "O Rio Jaguaribe é uma Artéria Aberta (Bibliografia de Demócrito Rocha, 1968).
Casou-se em Fortaleza (3/9/1937) com Albaniza do Carmo Rocha filha de Demócrito Rocha. Conselheira e amiga durante 31 anos, continuadora dos trabalhos de seu pai e do esposo na empresa jornalística "O Povo S.A.", como presidente até seu falecimento em 2 de maio de 1985.
Sem filhos, Paulo Sarasate faleceu no Hospital dos Servidores do Estado, na Guanabara, no dia 23 de junho de 1968.
Fonte: "O Ceará no Senado Federal", de Valdelice Carneiro Girão, senador Federal, 1992.
FONTE - ONORDESTE.COM
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